Contabilidade - burocracia E CUSTOS CONTÁBEIS

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burocracia E CUSTOS CONTÁBEIS

O contabilista é um verdadeiro "personal manager" dos empresários, já que seu trabalho impacta nas decisões gerenciais e fiscais.

Mas o que se observa é que a criação de inúmeras obrigações fiscais (como declarações e apuração de impostos) cresceu enormemente nos últimos anos no Brasil.

Cada vez mais o Fisco implanta controles eletrônicos para identificar possíveis irregularidades dos contribuintes, como o SPED e a EFD. Quem deve estar atento a todas essas obrigações acessórias é o contador. Mas este custo nem sempre é repassado aos honorários, seja porque a concorrência é acirrada ou porque as empresas estão no limite, e os resultados gerados mal compensam os investimentos necessários para a manutenção do negócio, devido à alta carga tributária no Brasil, globalização da economia e dólar defasado.

Parte do custo da burocracia, no entanto, acaba sendo arcado pelas empresas de contabilidade, já que os clientes já passaram do limite de tributação suportável. Investimentos em tecnologia e pessoal são imprescindíveis, exigindo muitas vezes uma capitalização do escritório contábil.

Para não perder clientes, as empresas contábeis acabam absorvendo parte do custo da burocracia – e aí surge o dilema: com menor lucro, os escritórios tendem a investir menos, o que reduz sua eficiência e produtividade, gerando um círculo vicioso de poucos lucros e absorção tecnológica.

A burocracia aumenta o custo da empresa de contabilidade porque é preciso investir em tecnologia para acompanhar a evolução do Fisco, em treinamento para atualizar os funcionários e em comunicação para informar os clientes.

Como exemplo, a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e a DACON, que passaram a ser mensais em determinadas situações, como para as empresas que faturam acima de R$ 30 milhões/ano. Só a exigência da certificação eletrônica para a entrega da DCTF tem um custo que gira ao redor de R$ 200, a cada dois anos.

Outro exemplo: o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont), recém criado pela IN RFB 949/2009, e que exigirá escrituração, das contas patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, que considera os métodos e critérios contábeis aplicados pela legislação tributária, não podendo ser substituído por qualquer outro controle ou memória de cálculo.

São inúmeros procedimentos fiscais e legais. Veja a coletânea das Obrigações Contábeis e Fiscais das Empresas.

Outro detalhe importante é o prazo exíguo de apuração de impostos e contribuições. Alguns tributos têm prazo de apuração mensal, outros quinzenais, decendiais ou até diários (como IRF sobre rendimentos de residentes ou domiciliados no exterior). Entre taxas, impostos, contribuições são mais de 80 tributos diferentes que devem ser recolhidos em diferentes situações (veja a lista de tributos).

O escritório de contabilidade precisa conversar com os clientes para que haja maior integração dos sistemas de informática e agilização das comunicações. Se o trabalho do contador não for bem feito, com base em dados corretos, virão várias multas para a empresa e responsabilização do contador.

Fonte http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/burocracia4.htm

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